SKY ROJO | UMA NOVA “LA CASA DE PAPEL”, MAS VOCÊ NÃO VAI TORCER PARA OS BANDIDOS DESSA VEZ

Sky Rojo é a nova série espanhola da Netflix criada por Esther Martínez Lobato e por Álex Pina, o mesmo criador de La Casa de Papel, o que fica claro ao decorrer da trama e apesar de não estar à altura da outra série, não deixa de ser uma boa opção para maratonar.

Com 8 episódios de aproximadamente 25 minutos cada, Sky Rojo conta a história de 3 prostitutas, Coral, Wendy e Gina, que quase matam seu cafetão numa confusão e são obrigadas a fugir numa tentativa de salvar suas vidas enquanto são perseguidas por Moisés (Miguel Ángel Silvestre, de Sense 8) e seu irmão mais novo Christian (Enric Auquer), a mando do cafetão Romeo (Asier Etxeandia).

A série, no geral, é uma grande crítica aos prostíbulos, homens que lucram com a prostituição e aos homens que a bancam. A maioria das garotas que trabalham no “Las Novias Club”, nome do prostíbulo disfarçado de boate, foram vítimas de tráfico humano. Moisés, o cafetão, é uma espécie de “Professor”, de La Casa do Papel, do mal. Ele explica em detalhes, em monólogos que são intercalados com as cenas de violência, como a Espanha é um dos países em que os homens mais gastam com prostituição e como buscam jovens mulheres em áreas carentes de países menos desenvolvidos, dando a elas a esperança de ganharem dinheiro como garçonetes, mas uma vez que chegam à Espanha, descobrem que trabalharão como prostitutas. Cobrando por absolutamente tudo que as garotas consomem, elas permanecem “presas” por dívidas impossíveis de serem pagas. Essa é a base do sistema criminoso por trás de Sky Rojo.

Entre as protagonistas, as três têm histórias distintas e acabaram no Las Novias Club por motivos diferentes, mas todas com raízes em muito sofrimento. Entre elas, Coral (Verónica Sánchez) é a mais misteriosa e até o final da temporada ainda não sabemos tudo que aconteceu em seu passado conturbado, é ela também a responsável por narrar os acontecimentos em voice-off (que lembra muito a narração da Tokio em La Casa de Papel). Wendy (Lali Espósito) e Gina (Yany Prado) são mais novas tanto de idade quanto no ramo, e junto com Coral passam por mil e uma situações de aventura que rapidamente fogem de controle e deixam para trás um rastro um rastro de destruição.

Esse caminho de aventuras e riscos que envolvem as três mulheres e os dois irmãos são retratadas de forma muito dinâmica, fazendo com que os episódios sejam divertidos de assistir, ainda que trate de assuntos tão sérios e tenham cenas difíceis de assistir, sobretudo quando vemos Moisés e seus capangas justificando seus crimes com nada além de machismo.

A fuga pela sobrevivência se transforma na busca pela liberdade quando Coral, Wendy e Gina se juntam contra Moisés e decidem deixar de lado suas posições de vítimas e passam a usar o ataque como defesa, o que torna a trama ainda mais interessante. Com um final eletrizante dessa primeira temporada, a segunda já está confirmada, mas ainda sem uma previsão de lançamento.

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