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“Divergente” é a nova saga do momento. Baseado no livro de mesmo nome da escritora Veronica Roth, o longa é o primeiro de uma saga de 3 filmes, que irão se originar dos três livros da escritora, porém já foi confirmado que, assim como foi com “Harry Potter”, “Crepúsculo” e será com “Jogos Vorazes”, a saga terá seu último filme dividido em dois, aderindo à nova moda de Hollywood. Se é uma forma de contar a história mais detalhadamente ou uma maneira de lucrar mais, não vem ao caso, mas que as produtoras estão gostando da ideia já deu para perceber.
A história, à princípio, deixa muito a desejar. Uma população dividida em facções é a base de tudo, mas não se sabe ao certo como tudo isso surgiu, nada é detalhado e o espectador fica sem entender muita coisa. Se isso tudo é contado no livro, não importa, quem assiste ao filme não é obrigado a ler o livro, portanto o roteiro falha e muito nesse quesito.
Logo nos minutos iniciais do filme, nos deparamos com Natalie Prior, interpretada por Ashley Judd, arrumando o cabelo de sua filha Beatrice, vivida por Shailene Woodley, que está prestes a enfrentar um teste que mudará sua vida para sempre. Nesse momento, vêm a nossa mente: “Eu já vi isso antes”. E viu mesmo, em “Jogos Vorazes”, quando Katniss e sua irmã Primrose estão se preparando para a escolha de quem representará o distrito 12 na competição. A mãe de Katniss aparece arrumando o cabelo da filha, cena muito semelhante com a que encontramos em “Divergente”. Se é coincidência ou não, não sabemos, mas o figurino também se parece muito com o do filme protagonizado por Jennifer Lawrence. Um ponto positivo em “Divergente” é a predominância de cenas de ação, que convencem o espectador. A protagonista Beatrice, que passa a ser chamada de Tris, não possui habilidades natas, e sim as que ela vai ganhando com o tempo, e essa evolução é sentida por quem assiste e se mostra adequada ao desenrolar da história.
Do meio para os minutos finais do longa, a história vai ganhando relevância e se torna mais atraente, porém as atuações desanimam. Shailene Woodley faz por merecer o papel de protagonista, com uma boa atuação, o que não acontece com Theo James, que vive o personagem Quatro. O ator se mostra inexpressivo, e não agrada muito. Até mesmo a veterana Kate Winslet se esforça para ser mais do que uma personagem tão superficial, mas mesmo assim não consegue muitos avanços.
“Divergente” é dirigido por Neil Burger, que faz um bom trabalho, mas poderia fazer melhor. Muitas tensões são incluídas no filme, mas o vai e volta dos acontecimentos não consegue prender de fato a atenção do espectador.
Apesar de tudo, o longa merece atenção por suas intensas cenas de ação e, além disso, não se aprofundar tanto no romance vivido por Tris e Quatro, dando mais ênfase na situação dramática que estava se instaurando.
A produção de “Divergente” ficou por conta da Summit Entertainment e o filme foi distribuído pela Paris Filmes.

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