selma

Indicado às categorias de melhor filme e melhor canção no Oscar 2015, Selma é, em uma palavra, um filme real.
O longa-metragem é uma cinebiografia de Martin Luther King, então já premiado com o Nobel da Paz, com o foco na luta pelo direito de voto dos negros no Alabama – principalmente na cidade de Selma, onde os negros são maioria e, ainda assim, são ameaçados por uma minoria branca.
Seguindo pelo mesmo caminho de “12 Anos de Escravidão”, vencedor da principal categoria no Oscar 2014, “Selma” é um filme igualmente importante. O “background” da Marcha pelos Direitos Civis é explícito e, não somente isso, o filme nos traz ambos os lados da história: as opiniões dos políticos brancos e o sofrimento dos negros, junto da capacidade de mobilização de Martin Luther King. Cenas de violência e diálogos extremamente bem trabalhos trazem à tona a discussão da questão de raças.
A direção fica por conta de Ava DuVernay, que ficou de fora injustamente da categoria de melhor direção, e o elenco, com nomes como Oprah Winfrey, e Tim Roth, passa extrema autenticidade. David Oyelowo, responsável por interpretar Martin Luther King, o faz de maneira impecável – e também merecia a indicação de Melhor Ator.
“Selma” é uma cinebiografia que, felizmente, deu certo. E não apenas um filme para entender o processo de libertação e conquista dos direitos civis dos negros ou para conhecer a história de Luther King, ele é um filme que faz abrir os olhos – principalmente para as questões raciais ainda não resolvidas e como isso ainda atinge os negros.

Escrito por Júlia Miozzo
 

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