Já imaginou assistir a um filme que acabou de lançar no cinema no conforto da sua casa? Então, essa realidade pode estar mais próxima do que você imagina. Entenda neste texto o projeto que está dividindo Hollywood e criando intrigas comerciais entre grandes nomes.

Em março de 2016, o fundador do serviço de música Napster, Sean Parker (interpretado por Justin Timberlake em A Rede Social), anunciou seu mais novo projeto, desta vez ligado ao cinema, o Screening Room.

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Seguindo a mesma proposta da Netflix, o projeto tende a permitir que os usuários baixem lançamentos do cinema para assistir diretamente de sua casa, fazendo o espectador escapar de grandes filas, alto preço da pipoca e de possíveis incômodos existentes no cinema. Como funcionaria? O usuário gastaria U$ 150 por um decodificador antipirataria e cada filme sairia por U$ 50 (por volta de R$ 180) e estará disponível por 48 horas para assistir, além de ganhar dois ingressos para assistir ao mesmo filme comprado, nos cinemas. Sean Parker não deixa de pensar nos estúdios e afirmou que o projeto irá oferecer a distribuição de U$ 20 até U$ 50 por filme para estúdios ou donos de cinema. Todo o projeto é pensado diretamente a idosos e pais de crianças.

Além de conseguir um grande apoio financeiro de Prem Akkaraju, responsável por criar festivais de música eletrônica como o Tomorrowland, Sean Parker tem ao seu lado grandes nomes como Steven Spielberg (ET), J J Abrams (Star Trek) e Peter Jackson (Senhor dos Anéis). “Eu tinha preocupações sobre a DirecTV em 2011, porque era um conceito que eu acredito que teria canibalizado as receitas do cinema, em detrimento final do negócio do filme. Screening Room, no entanto, foi cuidadosamente projetado para capturar a audiência das pessoas que não vão ao cinema”, declarou o diretor Peter Jackson, que sempre foi um grande defensor do cinema.

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Como se já não bastasse esses grandes nomes, o site Variety publicou que Martin Scorsese (O Lobo de Wall Street), Ron Howard (No Coração do Mar) e o produtor Frank Marshall (Jurassic World) também entraram como acionistas do projeto ao lado dos outros três diretores.

Estúdios também já fazem parte da ideia. A AMC, um dos maiores estúdios atualmente, é totalmente a favor do projeto e já se declarou apoiador da causa. Fox, Sony e Universal divulgaram interesse no projeto, mas ainda não anunciaram nada oficial, aliás, James Cameron (Avatar), diretor filiado a Fox, é totalmente contra e recebe o apoio do diretor Christopher Nolan (A Origem). Para uma confirmação do projeto e para que haja um seguimento, Sean precisaria de uma concordância geral de todos os estúdios e para chamar a atenção de todos, é preciso mais nomes ao seu lado.
É possível entender essa divisão e como ela funciona. Serviços como o Screening Room ou o próprio Netflix ajudam a fomentar o mercado de séries e produções independentes. Spielberg, Abrams, Scorsese e Jackson são diretores ligados a televisão também, e procuram ampliar ainda mais o mercado, ora como produtores, ora diretores.

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O cinema engloba um grande mercado. O ato de ir ao cinema movimenta a economia direta e indiretamente, seja assistindo o filme, seja comendo algo no shopping ou abastecendo seu carro no posto de gasolina. O quanto o Screening Room prejudicaria esse e outros mercados é uma incógnita. Essas e outras perguntas serão respondidas com o tempo, basta ficarmos atento às novidades e ver qual será o futuro do cinema e do Screening Room.

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